No dia 09 de abril, ocorreu audiência pública da Comissão Bicameral do CNE (Conselho Nacional de Educação) que trata da Formação Inicial e Continuada de Professores em articulação com a comissão de Gestão Democrática. A partir de uma proposição das conselheiras Marcia Angela Aguiar e Malvina Tania Tuttman, as entidades de pesquisa do campo da formação de professores foram chamadas para debater duas questões: o impacto da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) na formação inicial e continuada dos profissionais da educação; e o impacto da implantação da Resolução CNE/CP nº 2/2015 nas dinâmicas operacionais das instuições de educação superior.
Estiveram presentes Andréa Barbosa Gouveia (presidente da ANPEd), Sandra Selles (representando a ABRAPEC), Nilda Alves (representando a ABdC), João Ferreira de Oliveira (presidente da ANPAE), Ivany Pino (presidente do CEDES), Lucília Lino de Paula (presidente da ANFOPE) e Marcia Gurgel (presidente do Forumdir).
O conjunto das entidades reafirmou a discordância com a submissão da formação de professores à Base Nacional Comum Curricular considerando que isto incorre em um reducionismo perverso para a formação de professores e uma afronta à autonomia universitária. As entidades também reafirmaram a importância da Resolução CNE/CP nº 2/2015 pelo representou de construção de um projeto de formação de professores pactuado entre diversos setores e que expressa o cuidado com a formação de professores tendo como fundamentos a diversidade, a democracia e o compromisso com o pleno desenvolvimento humano. Sandra Selles (ABRAPEC), abordou em sua fala a importância da resolução e também o contexto preocupante vivenciado pelas universidades atualmente. Também foi consenso entre as entidades que os programas apresentados pelo MEC sob o rótulo de nova Política de Formação de Professores não tem nada de novo, revisitando a forma de programas experimentais sem quaisquer garantias de bases fundamentadas.
A ANPEd apresentou na ocasião o documento “A Política de Formação de Professores no Brasil de 2018: uma análise dos editais CAPES de Residência Pedagógica e PIBID" e reafirmou a necessidade do CNE pronunciar-se fortemente na direção de reafirmar a autonomia universitária e as diretrizes para formação de professores definidas no Parecer e na Resolução CNE/CP nº 2/2015.
Clique aqui para acessar o documento “A Política de Formação de Professores no Brasil de 2018: uma análise dos editais CAPES de Residência Pedagógica e PIBID", da ANPEd.
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