Por Tiago Zanquêta de Souza, pesquisador do GT 06 – Educação Popular
Foi uma experiência enriquecedora para quem se compromete com a pesquisa atrelada aos movimentos sociais. A oficina da UPMS nos permitiu pensar a pesquisa no contexto da diversidade para a cidadania, intimamente associada aos interesses das classes populares, historicamente oprimidas e marginalizadas, inclusive nos meios acadêmicos, como a Pós-Graduação.
Partilhar experiências de vida e pesquisa, de luta e resistência, nos deu fôlego para fazer os enfrentamentos necessários à ruptura da linha abissal que separa o Norte do Sul geopolítico, cultural, social, ambiental e econômico. A visão de mundo indígena, que nos ajuda a entender que “somos todos parentes” e a necessidade de “ninguém soltar a mão de ninguém” fez com que as vozes das pessoas, representando os movimentos sociais a que se integram, se unissem às vozes das pessoas que representavam a academia, configurando um diálogo profundo e propositor, que permitiu estabelecer uma pauta comum: a luta incessante pela manutenção dos direitos sociais e à educação para todos e todas, no constante esperançar que nos permite “sermos mais”.