ANPEd analisa estratégias na cobertura da imprensa tradicional e alternativa durante os protestos contra a reorganização do ensino estadual paulista
FOTO: MARCELO S. CAMARGO/ESTADÃO CONTEÚDO
O plano de reorganização das escolas estaduais de São Paulo, anunciado pela Secretaria de Estado de Educação em setembro deste ano, gerou uma crise no ambiente escolar. Além da falta de diálogo do governo estadual com alunos, pais e professores, a proposta previa o fechamento de 94 escolas e a transferência de 311 mil estudantes. Os protestos, que primeiro ocuparam às ruas da capital e de outras cidades paulistas, passaram no início de novembro para dentro das escolas.
A ocupação das unidades de ensino estaduais foi a principal pauta nas editorias de educação durante todo o mês de novembro. Confira abaixo as análises do Portal da ANPEd sobre a cobertura de mídias tradicionais e alternativas.
Os vídeos postados pelo portal G1 em suas reportagens chamaram a atenção. Um exemplo é uma matéria do TV Diário, filiada da Rede Globo, em uma notícia sobre a ocupação de uma escola de Mogi das Cruzes. A reportagem ouviu pais e alunos sobre os motivos para a ocupação, além de um professor que se demitiu em protesto à reorganização. O entrevistado rebate a fala do jornalista que chama seu protesto de “radical”. “Mais radical do que isso é o que o governo do estado está fazendo”, diz o professor. A reportagem destaca fala da dirigente regional de ensino com alegação de que a ocupação tem motivação política. Não há entrevista com os ocupantes para rebater o argumento. O âncora termina a matéria com o uso do termo “invadidas”, em referência a outras unidades ocupadas na região.
É possível considerar que a utilização de adjetivos como “radical” e “invadidas” para descrever os protestos contra a reorganização ou o destaque de falas em que os mesmos são acusados de terem motivação política seja fazer a guerra de informações que o chefe de gabinete da secretaria de Educação de São Paulo, Fernando Padula, pediu em reunião com dirigentes. A “guerra” tem como objetivo desmoralizar as ocupações, fato que foi apontado em reportagem do próprio G1 sobre o assunto.
A reportagem em questão destaca que o chefe de gabinete usou a palavra “guerra” diversas vezes na reunião. A matéria tem um tom de denúncia. O G1 diz em um dos parágrafos que decretar a regulamentação em meio aos protestos é ir “na contramão da proposta de diálogo com os manifestantes do governador Geraldo Alckmin (PSDB).” Nessa reportagem, há também destaque a um vídeo. Uma reportagem do SP TV que faz com que, dessa vez, seja o G1 a ir na contramão.
Enquanto o texto tem como intenção denunciar a secretaria de Educação paulista por pretender adotar “táticas de guerrilha” contra as ocupações, o vídeo divulgado ao final da matéria desmoraliza um protesto feito pelos estudantes. O âncora do SP TV parece querer contrapor a reivindicação dos estudantes ao direito de mobilidade dos cidadãos ao afirmar que “milhares de pessoas ficaram presas em um enorme engarrafamento”. O tom sensacionalista se mantém com a postura da repórter e na condução das entrevistas. Nenhum estudante que protestava foi entrevistado.
Em uma reportagem sobre o número de escolas ocupadas 18 dias após as primeiras ações, há cinco vídeos: duas reportagens do SP TV, uma do G1, outra do Profissão Repórter e uma do Jornal Nacional - que tem maior alcance de público. O vídeo do principal jornal da TV Globo, que começa com abordagem favorável às ocupações, dá espaço para Fernando Padula rebater os argumentos dados pelos estudantes contra a reorganização. Padula diz que os problemas de infraestrutura e manutenção das escolas não justificam ser contra a reorganização, argumento que poderia ter sido facilmente contraposto pelo jornal já que o plano do governo não aborda obras nas unidades de ensino. Em vez disso, a reportagem termina com afirmação do chefe de gabinete da Secretaria de Educação de que o movimento seria, em verdade, uma luta partidária. O vídeo do programa Profissão Repórter, da mesma emissora, contém tom simpático às ocupações. A existência de inúmeros conteúdos com posições diferentes torna pouco nítido o posicionamento da própria Rede Globo.
As galerias de imagens do jornal O Estado de São Paulo foram o destaque de sua cobertura. No auge das ocupações, a página principal da editoria de Educação contou com uma galeria de sete imagens intituladas e linkadas a notícias sobre o assunto. Acima, há um print screen da página no dia 2 de dezembro.
Em diversas reportagens do Estadão, havia pelo menos uma galeria de imagens. É o caso da notícia sobre a Virada Cultural nas escolas ocupadas, com entrevista do vocalista do Titãs, Paulo Miklos. A reportagem tem um tom favorável à ocupação, assim como o box de fotos. Com o título “Desafios da reorganização de ensino em SP”, o Estadão apresentou dez imagens, nove com motivos para a população não ser a favor do projeto. Na imagem ao lado é possível ver um deles. O Estadão rebate o argumento de que as ocupações são partidárias.
Em uma notícia sobre a ocupação de dois colégios técnicos há duas galerias. Uma delas tem como título “Da mobilização nas ruas à ocupação de escolas”. Com trinta imagens, o Estadão mostrou, além dos protestos, a truculência da Polícia Militar com os estudantes. A imagem abaixo mostra uma adolescente desmaiada no chão. A legenda explica que foi em decorrência da inalação de spray de pimenta.
As análises feitas pelo periódico espanhol El País Brasil chamaram a atenção de leitores por se tratar de uma empresa internacional de jornalismo. Em uma reportagem sobre a reunião de Fernando Padula com diretores de ensino, o jornal afirmou que a publicação do decreto da reorganização escolar em meio as ocupações “mostra o endurecimento da estratégia de Alckmin”. O jornal também afirma que já havia reflexos das estratégias do chefe de gabinete para desqualificar as ocupações. Naquele dia, pais e professores forçaram a abertura dos portões de uma escola ocupada na zona sul de São Paulo. A ação teve participação da polícia.
Em outra reportagem, o jornal rebate as falas do ex-secretário de Educação do estado, Herman Voorwald, sobre estar aberto ao diálogo. O El País afirma que a única conversa da secretaria com os estudantes terminou sem acordo e que nenhum representante do governo apareceu em uma tentativa de conciliação marcada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. O jornal ainda desmente a afirmação da secretaria de que a desocupação de 38 escolas é prova da existência de diálogo. Um levantamento mostrou que 29 delas nunca foram ocupadas. Há ao longo da reportagem apresentação de argumentos que mostram o quão prejudicial seria a a consolidação de tal reorganização.
Em uma terceira reportagem, o jornal entrevista o professor da Unicamp Luiz Carlos de Freitas. A mídia tradicional brasileira tem uma tendência de privilegiar especialistas ligados à fundações empresarias em detrimento de especialistas acadêmicos ou de grupos de pesquisa universitária, como foi mostrado no De Olho na Mídia sobre a Base Nacional Comum e a Avaliação Nacional de Alfabetização. Ouvir essas fontes é fundamental em discussões sobre a educação brasileira. Luiz Carlos de Freitas afirma que o “caminho é investir na educação e não reorganizar para economizar”. A fala foi destacada pelo jornal, como título da matéria.
As análises veiculadas no portal Uol também se diferenciaram da cobertura da grande mídia. Blogs do portal, como o do jornalista Leonardo Sakamoto, e colunas como a do professor da USP Christian Ingo Lenz Dunker tornaram-se espaços para artigos de opinião favoráveis às ocupações e contrários ao governo. Mas, o maior destaque é uma série de matérias com diferentes convidados a se posicionarem sobre as ocupações. Além de uma reportagem com a antropóloga Alba Zaluar, há depoimentos do jornalista Ricardo Boechat, do cantor Falcão e do deputado federal Jean Wyllys. Todos estudaram em colégios públicos e se posicionaram a favor dos protestos. A reportagem do Uol também procurou alunos de colégios particulares para saber quais são as opiniões sobre a reorganização, as ocupações, participação nos protestos e ação policial.
O portal Uol ainda cedeu espaço para o secretário de Educação de São Paulo na época, Herman Voorwald, que escreveu um artigo de opinião. Há afirmações sobre as ocupações serem partidárias e dos ocupantes não estarem abertos ao diálogo, além do uso do termo “invasão” e a garantia de que as 94 unidades fechadas serão transformadas em creches, escolas de ensino técnico ou centros de idiomas. O artigo parece ser um direito de resposta, devido às inúmeras matérias com posições favoráveis às ocupações e a não reorganização. No entanto não fica claro se a veiculação do material foi por convite do portal ou uma pressão do governo. A incerteza surge diante da notícia de que a Folha de São Paulo apagou um vídeo simpático às organizações após a ida do governador Geraldo Alckmin com sua assessoria de imprensa à redação do jornal.
A cobertura da Folha de São Paulo chamou a atenção pelos títulos. A primeira notícia do jornal sobre o assunto tem como título “Estudantes invadem e trancam escola em ato contra fechamentos em SP”. Dois dias depois saiu uma matéria com o seguinte título: “Pais aderem a ato de alunos em SP, mas pedem invasão 'sem baderna'”. A Folha foi a mídia que mais usou o termo “invasão”. O jornal também foi a publicação com a abordagem mais contrária às ocupações, o que pode explicar o uso do termo. Em outra matéria, o jornal usa, além de “invasão”, um verbo com conotação negativa. O título é “Invasão de 25 escolas estaduais atinge ao menos 26 mil alunos em SP”. O verbo “atingir” é usado por jornais e revistas para falar de acidentes, crises e desastres. “Tornado atinge cidade no Paraná” e “Incêndio de grandes proporções atinge empresa na zona oeste de São Paulo” são títulos da própria Folha.
O título que mais chamou atenção foi “Governo de SP aposta em desgaste de ocupações, e alunos radicalizam”. O uso do verbo “radicalizar” foi alvo de crítica de leitores nas redes sociais, inclusive no link da notícia compartilhado na página do Facebook do próprio jornal. Ao lado um print screen da postagem.
A maior polêmica, porém, foi a visita do governador Geraldo Alckimin à redação da Folha no dia 2 de dezembro, com posterior desaparecimento de um vídeo com abordagem favorável às ocupações. A visita foi noticiada pelo próprio jornal na seção Painel, mas horas depois a notícia também desapareceu. Páginas do Facebook como O Mal Educado e a revista Fórum denunciaram o acontecido. Em entrevista ao Portal Imprensa, a editora da TV Folha alegou que a reportagem foi retirada do ar após a Secretaria de Redação constatar falhas de apuração. O vídeo foi salvo por internautas e postado no Vimeo antes de sua exclusão.
Mídia alternativa
A cobertura da mídia alternativa chamou a atenção de leitores e ganhou espaço no jornalismo online. Um exemplo é a publicação Jornalistas Livres, responsável pela gravação e divulgação do áudio da reunião em que Fernando Padula convoca dirigentes de ensino a adotarem “táticas de guerra”. Dias depois, houve uma denúncia de que uma jornalista da publicação foi impedida de entrar na coletiva de imprensa sobre a suspensão da reorganização. A mídia considerou que foi uma retaliação à notícia sobre a reunião da Secretaria de Educação.
O Jornalistas Livres também divulgaram em sua página do Facebook cartuns e memes sobre as manifestações e reações do governo e da polícia. O uso de imagens com críticas foi amplamente usado pela mídia alternativa, uma possibilidade de noticiar que gera grande envolvimento de leitores. Em uma postagem, a mídia denunciou que a Polícia Militar impediu a manifestação de estudantes que queriam fechar uma via. Ao lado, o meme usado para noticiar o acontecido.
A publicação apresenta uma linguagem diferente daquela utilizada pela maior parte da mídia. O uso de primeira pessoa na narrativa transparece maior aproximação com o fato para o leitor, o que também remete à busca por uma cobertura mais humanizada pelos Jornalistas Livres. Ainda que tal posição possa violar princípios de imparcialidade e objetividade da profissão ao assumir o discurso de um dos lados, o contexto da produção jornalística está diante de um tipo de mídia engajada com apresentação de ângulos e possibilidades de informação ignorados pelos veículos tradicionais. Sem dúvidas, um campo aberto a investigações.
Surge em meio às ocupações das escolas em São Paulo um novo jornal online. O Nexo é um site de notícias lançado no início de novembro. As matérias publicadas por ele estão mais próximas de artigos de opinião, como é possível perceber com o título “As ocupações mudaram os estudantes. Agora, eles querem mudar a escola”. Na notícia há a descrição e contextualização do que alunos faziam durante a ocupação e como isso mudou a visão deles sobre o ambiente escolar. Há também posicionamento do governo, que acusa a continuidade das ocupações após a suspensão do plano de reorganização de politização. Em outra matéria, o Nexo mostra as razões dos estudantes para não desocuparem as escolas. Apesar das matérias assumirem tom analítico, o jornal cumpre o papel de mediação necessário ao jornalismo, por ouvir os dois lado da história.
A cobertura de um blog também trouxe um diferencial. A página pessoal "Fala, Kaíque" pertence a um estudante de jornalismo, o que se mostra interessante por permitir ao aluno construir sua própria mídia no período de formação profissional e não apenas depois de sua conclusão. Apesar do estágio ser uma forma de participar, ter uma mídia pertencente a um estudante traz à tona um protagonismo do aluno inexistente anteriormente.
O "Fala, Kaíque" passou cerca de 24 horas na Escola Estadual Anhanguera e transmitiu os principais acontecimentos da ocupação pelo Facebook em tempo real. A cobertura se transformou em uma notícia com fotos, apresentação dos fatos e a hora que aconteceram. A matéria se desencadeou em outras, como a denúncia de que alunos foram impedidos pela polícia e diretoria de ocupar uma escola no mesmo bairro da Anhanguera e a descoberta de materiais escolares escondidos na unidade ocupada.
Duas páginas no Facebook ganharam destaque durante as ocupações. Apesar de ser um organização política, o coletivo “O Mal Educado” pode ser considerado uma mídia comunitária. A página traz artigos de opinião sobre a reorganização ser o caminho para a privatização das escolas públicas de São Paulo e uma medida para ajuste fiscal. O coletivo também denuncia ataques aos estudantes, como os que aconteceram na Escola Estadual Coronel Sampaio e na Avenida São João, na cidade de São Paulo. As notícias são acompanhadas de fotos ou memes.
As tirinhas da internet são usadas regularmente pelo Mal Educado e reforçam as opiniões expostas nos textos. As notícias linkadas acima são acompanhadas da afirmação que seria essa a “guerra” anunciada pela Secretaria de Estado de Educação. Além da exposição clara de qual lado o coletivo está, há o uso da linguagem informal que pode ser usado para deslegitimar o Mal Educado como mídia, mesmo que cumpra a função de noticiar. O uso correto da gramática pode até estar em discussão, mas também vale atentar que são páginas de internet e que, por isso, são palco da linguagem usada na rede. No ritmo da internet, é compreensível que os estudantes estejam mais preocupados em denunciar as arbitrariedades que sofrem do que com revisão de pontuações do texto.
Outra página que se destacou no Facebook foi a “Não Fechem a Minha Escola”. O site surgiu como protesto à reestruturação do ensino paulista e é referência até para outras mídias entenderem o posicionamento dos estudantes sobre o plano do governo e sobre as ocupações. A página também denuncia ataques a estudantes, como o que aconteceu na Escola Estadual João Dória, através de um vídeo e fotos. Há o compartilhamento de inúmeros materiais de outras páginas ou sites, como documentário independente produzido pelo cinegrafista Jimmy Bro e reportagem do jornal New York Times intitulada “Brazil’s students occupy their schools to save them” ("Estudantes brasileiros ocupam as próprias escolas para salvá-las", em tradução livre). A divulgação de posicionamentos da própria comunidade escolar sem a mediação da mídia tradicional e a dinâmica de veiculação de grande quantidade de material, próprio ou não, explica o porquê da página ter alcançado aproximadamente 160 mil likes em menos de dois meses de existência e, principalmente, por ter se tornado referência quanto às ocupações.
Assim como O Mal Educado, a página “Não Fechem Minha Escola” não procura ouvir o outro lado. O descumprimento de regras do texto jornalístico pode ser entendido pela ausência de conhecimento dos estudantes sobre tal produção. Uma situação diferente da mídia Jornalistas Livres, que é feita por profissionais. Neste caso, há uma escolha por não se trabalhar com o contraditório, o que se torna natural alvo de críticas ao se assumirem como uma mídia com proposta jornalística.
Com a suspensão do plano de reorganização anunciado no início de dezembro, houve uma desocupação em massa das escolas e consequente destaque a outros assuntos nas editorias de Educação. O programa Brasilianas, da TV Brasil, porém, recebeu na última segunda-feira três estudantes que permanecem em escolas ocupadas. Além da falta de diálogo e autoritarismo do governo do Estado evidenciados por outras mídias, o programa chamou a atenção para a ausência de um debate das direções das escolas com os estudantes. Os diretores das unidades de ensino foram uma arma do governo para a desmoralização do movimento. O âncora do Brasilianas, Luis Nassif, demonstrou empatia pelos estudantes, sem perder a dimensão jornalística na condução das entrevistas. O jornalista questionou as motivações dos estudantes, a disposição deles ao diálogo e as consequências das ocupações para a formação cidadã dos envolvidos. O último tópico evidencia as razões para as ações da Secretaria de Estado de Educação e da direção dos colégios.
As ocupações alteraram o cotidiano das escolas de ensino estadual de São Paulo muito além da ausência de aulas nesse período. A relação dos estudantes com o ambiente escolar mudou. Trouxe à tona um protagonismo de jovens estudantes, antes sem voz, tal como afirmado na entrevista do Brasilianas. A hierarquia dentro das escolas agora é questionada. Por que os estudantes devem sentar, ouvir e anotar as explicações do professor, em vez de haver uma construção coletiva da aprendizagem? Por que também não há uma participação dos alunos nas decisões que no momento são feitas apenas por diretores e governo?
A mobilização dos secundaristas de São Paulo pode representar um caminho de mudança na educação do país. Os protestos ganharam o apoio da sociedade e do meio artístico, com doações de alimentos e produtos de limpeza para os ocupantes, aulas públicas e shows dentro das escolas ocupadas. Os reflexos das ocupações surgiram a curto prazo e continuam a surgir, além das fronteiras do estado de São Paulo, inclusive. O protesto dos estudantes paulistas inspirou alunos de Goiás que já ocupam mais de 20 escolas contra a implantação de Organizações Sociais (OSs) na rede pública de ensino do estado.
A ANPEd apoia a luta dos estudantes por uma educação pública, democrática e de qualidade. A associação divulgou, no final de novembro, depoimentos de anpedianos sobre o assunto, além do posicionamento de outras entidades. Acesse!
Reportagem: Tatiana de Carvalho - Estagiária de Comunicação da ANPEd
Supervisão de Jornalismo: João Marcos Veiga e Paulo Carrano