Encontra-se reaberto do processo de seleção para o próximo diretor do Instituto Internacional para Educação Superior na América Latina e Caribe (IESALC), sediado em Caracas.
Os interessados no posto deverão submeter suas candidaturas, impreterivelmente, até o dia 30 de setembro, por meio de endereço eletrônico (clique aqui). Entre as qualificações exigidas dos candidatos encontram-se as seguintes: nível universitário avançado, preferencialmente doutorado, no âmbito de educação superior, economia ou ciências sociais; experiência mínima de quinze anos em educação superior ou área correlata; e proficiência em língua inglesa, bem como conhecimento hábil em língua espanhola. O contrato tem duração inicial de 2 anos, com vencimentos anuais estimados em US$ 223.973,00.
Segundo Eduardo Figueiredo Siebra, chefe interino da Divisão de Temas Educacionais do Ministério das Relações Exteriores, cabe destacar o importante papel do IESALC para o desenvolvimento das políticas de educação superior na região, exemplo do qual é a futura realização do 'Encontro de Alto Nível de Ministros de Educação Superior ou Equivalentes da América Latina e Caribe', em torno do reconhecimento de títulos, diplomas e currículos, organizado diretamente pelo Instituto em parceria com o Brasil. Com efeito, a existência do IESALC confere à região vantagem na distribuição global de entidades da UNESCO localizadas fora da sede. Juntamente com o Escritório Regional de Educação da UNESCO para a América Latina e Caribe (OREALC, sediado em Santiago), o IESALC tem atuado em estreita colaboração com a comunidade acadêmica regional e com entes governamentais e não governamentais.
Ainda segundo informações de Siebra, cumpre ressaltar, ademais, a contínua atuação brasileira em prol da manutenção do IESALC, ameaçada pelas restrições orçamentárias e consequentes adaptações administrativas por que tem passado a UNESCO. Reverberando consenso do GRULAC, o País apoiou a extensão do contrato do atual Diretor do IESALC, o chileno Pedro Guajardo, por mais seis meses, de modo a evitar o total esvaziamento do Instituto.
Desde a saída da brasileira Ana Lucia Almeida Gazzola, em setembro de 2009, a direção do IESALC tem sido ocupada por diretores interinos: o brasileiro José Renato Carvalho, até fevereiro de 2011, e, desde então, o próprio Pedro Guajardo, atual diretor. A postergação de nomeação de diretor permanente, a diminuição de pessoal disponível e o severo corte dos recursos franqueados ao IESALC são sinais claros da inconstância a que tem sido submetido o Instituto, motivo pelo qual merece especial atenção o gesto da Diretora-Geral de reabrir o processo seletivo em tela.
Atente-se, por fim, para o persistente quadro de sub-representação do Brasil na composição dos funcionários da UNESCO, mormente entre os de alto escalão. Essa situação poderá contar a favor de eventual pleito brasileiro, além da boa receptividade do Secretariado a candidaturas do País, informalmente manifestada desde o primeiro processo seletivo, em março último.