Propostas pedagógicas para estimular igualdade de gênero recebem reconhecimento público

Edital Igualdade de Gênero na Educação Básica 2022 teve como foco propostas voltadas para a Educação Infantil e Educação de Jovens e Adultos. As propostas mais criativas serão anunciadas em cerimônia virtual no dia 5 de abril. 

O edital é uma maneira de ecoar decisões do STF de 2020 que estabeleceram como dever do Estado brasileiro a abordagem de gênero nas escolas e determinaram serem inconstitucionais as perseguições e censuras promovidas por grupos ultraconservadores em escolas do país. 

São Paulo, março de 2022 – O resultado da edição 2022 do Edital Igualdade de Gênero na Educação Básica será anunciado no dia 5 de abril, com um evento virtual às 17h. Com foco na Educação Infantil e na Educação de Jovens e Adultos, foram selecionados planos de aulas, planos de atividade por campo de experiência, sequências didáticas e relatos de experiência que promovem a igualdade de gênero. O edital é uma iniciativa da Ação Educativa, com apoio do Fundo Malala, com a promoção de mais 50 entidades comprometidas com a luta pelo direito humano à educação de qualidade.

Um comitê formado por especialistas em educação infantil e educação de jovens e adultos selecionou as propostas mais criativas e engajadoras, considerando as especificidades da educação para crianças de 0 a 5 anos e para pessoas jovens, adultas e idosas. As propostas escolhidas abordam temas diversos, valorizando a perspectiva interseccional entre gênero, raça e sexualidade. Além do reconhecimento público a ser divulgado na cerimônia de 5 de abril, as autoras das propostas selecionadas receberão leitores digitais. Todas as propostas aprovadas pelo Comitê de Seleção, para além das reconhecidas como as mais criativas, integrarão o banco de planos de aula público do site Gênero e Educação (www.generoeeducacao), da Ação Educativa. 

“O Edital é uma resposta construtiva e de esperança frente às perseguições e à censura nas escolas promovidas por movimentos ultraconservadores, além de ecoar as decisões do Supremo Tribunal Federal que estabeleceram em 2020 como dever do Estado brasileiro a abordagem da igualdade de gênero nas escolas, como forma de combater o abuso sexual contra crianças e adolescentes e violência de gênero. Podemos e devemos falar sobre igualdade de gênero nas escolas!”, afirma Denise Carreira, coordenadora do projeto Gênero e Educação da Ação Educativa e integrante da Rede de Ativistas pela Educação do Fundo Malala no Brasil.

Em 2021, a cerimônia virtual realizada para a primeira edição do Edital contou com a fala de Ziauddin Yousafzai, pai da ativista paquistanesa Malala Yousafzai e professor, que prestigiou a iniciativa. "Se acreditarmos na igualdade de gênero, isso protegerá nossas meninas do abuso sexual e da violência. Somos capazes de construir sociedades mais justas, igualitárias, inclusivas, mais prósperas e felizes", afirmou o educador. Neste ano, a cerimônia contará com Maíra Martins, representante do Fundo Malala no Brasil.

Serviço: 

Reconhecimento público - Edital Igualdade de Gênero na Educação Básica

Dia 05/04, às 17h

Facebook da Ação Educativa 

Youtube da Ação Educativa 

Facebook do projeto Gênero e Educação 

Sobre a Ação Educativa

Criada em 1994, é uma organização de direitos humanos, sem fins lucrativos, com uma trajetória dedicada à luta por direitos educativos, culturais e da juventude. Desde a sua fundação, integra um campo político de organizações e movimentos que atuam pela ampliação da democracia com justiça social e sustentabilidade socioambiental, pelo fortalecimento do Estado democrático de direito e pela construção de políticas públicas que superem as profundas desigualdades brasileiras, bem como pela garantia dos direitos humanos para todas as pessoas. Desde 2018, a Ação Educativa é apoiada pelo Fundo Malala. 

Sobre a Rede de Ativistas pela Educação do Fundo Malala                

Inspirado pelas raízes de Malala e Ziauddin Yousafzai como ativistas locais no Paquistão, o Fundo Malala estabeleceu em 2017 a Rede de Ativistas pela Educação (Education Champion Network) para investir, apoiar o desenvolvimento profissional e dar visibilidade ao trabalho de mais de 80 educadores de oito países que trabalham a nível local, nacional e global em defesa de mais recursos e mudanças políticas necessárias para garantir educação secundária a todas as meninas. O Fundo Malala apoia educadores no Afeganistão, Brasil, Etiópia, Índia, Líbano, Nigéria, Paquistão e Turquia. No Brasil, a Rede é formada por 11 educadoras e educadores dedicados a construir esforços coletivos pela educação escolar de qualidade nas regiões do país onde a maioria das meninas não frequenta o ensino secundário, com foco em meninas negras, indígenas e quilombolas.