Teve início nesta segunda-feira, 21, na cidade de Maputo, capital de Moçambique, país africano, o III Colóquio Internacional Políticas Antirracistas no Mundo (CIPAM), com o tema “Políticas Linguísticas, Raciais e Culturais”. A Universidade Federal do Maranhão marca presença no evento com a participação de docentes e estudantes do curso de Licenciatura em Estudos Africanos e Afro-brasileiros (Liesafro), que estão no local para troca de conhecimentos e apresentação de trabalhos científicos.
A abertura do evento contou com a presença do reitor da Universidade Pedagógica de Maputo (UPM), professor Jorge Ferrão, do vice-reitor da UPM, professor José Castiano; do diretor da Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas professor Bento Rupia Júnior, da diretora da Faculdade de Ciências da Linguagem, Comunicação e Artes professora Leonilda Sanceca, e o embaixador do Brasil, em Maputo, Ademar Seabra da Cruz Júnior. Durante o trabalho de campo em Moçambique, a comitiva da Liesafro também participará de reuniões interinstitucionais, visitas as escolas e os locais históricos de Maputo.
A Conferência de Abertura intitulada "Formação de professores (as) e o enfrentamento do racismo" foi ministrada pela professora doutora Wilma de Nazaré Baía Coelho, que é docente da Universidade Federal do Pará, bolsista produtividade do CNPq e integrante da diretoria da Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Educação (ANPEd).
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A participação desses pesquisadores no continente africano, é fruto do Acordo de Cooperação assinado em novembro de 2019, entre a UFMA e a UPM, que preconiza, entre outras ações, a mobilidade de docentes e discentes à região.
O III CIPAM também integra as ações do Termo de Cooperação Técnico-Científica entre a UFMA e a Secretaria de Estado da Educação do Maranhão (SEDUC), que está viabilizando o trabalho de campo em Moçambique de docentes e discentes da Liesafro, bem como a formação de professores da Educação Básica do Maranhão, sobre a História e Cultura Africana e Afro-Brasileira.
O coordenador da Liesafro, professor Rosenveerck Estrela Santos, destacou que o trabalho em Moçambique se insere na política de formação do curso. “O Liesafro busca formar profissionais a partir da articulação com as Universidades africanas e inovação nas formas de produzir conhecimento e ciência”, afirmou.
A professora Kátia Regis, integrante da comissão organizadora do evento, lembrou que o III CIPAM é um momento enriquecedor para a comitiva brasileira ao ampliar os diálogos com pesquisadores da UPM. “O evento possibilita a discussão a cerca de perspetivas epistemológicas para além das eurocentradas, que contribuam com novas abordagens de ensino e de pesquisa para a construção de um currículo antirracista e emancipatório”, explicou.
Já a professora Tatiane Sales, que integra a comissão científica, ressalta o trabalho de campo e o III CIPAM que promoverão importantes diálogos entre os dois países e as diversas instituições com abordagem interdisciplinar, visitas e pesquisas.
Para conhecer mais sobre o III CIPAM, acesse o site do evento.